Relacionamentos rompidos: aumentemos a capacidade de perdoar e amar

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Deixe-me falar algo para vocês: as pessoas hoje em dia estão cheia de ‘não me toques’, estão muito melindrosas e muito intolerantes. Basta ver quando você expõe sua uma opinião diferente da delas; aí, elas ‘vêm de pau e pedra’ pra cima de você; armam-se todas e o tratam como um inimigo. Bem, isso acontece na vida social, nos demais tipos de relacionamentos e também nos relacionamentos afetivos.

No relacionamento afetivo, existe uma onda do descartar ao menor erro. As pessoas não estão tendo a capacidade de perdoar, de rever o que aconteceu ou mesmo de parar para sentar e dialogar sobre o ocorrido. Não! Um erro, mesmo que pequeno, pode ser fatal para a pessoa desfazer um caminho de conhecimento que estava iniciando com a outra.

A capacidade de resistir às adversidades diminuiu; as pessoas, parece que viraram de vidro. Não há tolerância, não há empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro se quebrou.

O que se tem visto são muitos relacionamentos no início sendo rompidos por besteiras, por pouca coisa, simplesmente por conta de que a pessoa se sentiu “profundamente magoada”, quando, na verdade, uma conversa sincera e um pedido de desculpas poderiam resolver todo o ocorrido.

Mas nas relações afetivas as pessoas estão descartando umas às outras a torto e a direito. Como eu disse, vivemos numa sociedade do descarte e da intolerância, e isso, evidentemente, está refletindo-se nas relações afetivas entre homem e mulher.

Quem errou, deve pedir perdão e ter o firme propósito de não errar mais. Quem foi ofendido, seja com atitudes, seja com palavras, deve ser firme para não se abalar por qualquer contratempo e deve ter a capacidade de dar o perdão.

O que eu acho incrível são até mesmo as convivências afetivas e de amizade serem rompidas por conta de desentendimentos. Nem aconteceu uma ofensa grave em si, apenas um desentendimento, uma animosidade, um contratempo, e as pessoas, ou somente uma das partes, querem romper a relação para não ‘olharem mais na cara da pessoa’; não querem mais o convívio. Isso é triste.

Está faltando a capacidade de resistir. Não estou dizendo que devemos ser sacos de pancadas para aceitarmos reveses tresloucados. Não é disso que estou falando. Pessoas que ofendem, magoam propositadamente, não se corrigem e permanecem no seu erro, nós queremos vê-las longe de nós mesmos. Mas o que chamo a atenção nesse artigo é para a facilidade com que as pessoas rompem relacionamentos, sejam de amizade, sejam afetivos, por conta de simples desentendimentos.

Sejamos mais firmes, mais robustos em nossas relações. Os atritos acontecem nas melhores famílias, nos melhores relacionamentos. O que precisamos ter é a capacidade de nos ajustarmos, de nos perdoarmos, de nos entendermos, e de reestabelecermos a confiança nessa relação; e, assim, a partir daí, recomeçar do zero, zerar tudo, com corações livres e sem ressentimentos.

As quedas vão continuar existindo, as animosidades vão continuar existindo; o importante é saber contorná-las com paciência, sabedoria, compaixão, caridade e amor. “Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4,7).

Do seu irmão,
THIAGO ZANETTI