Pecado: o maior mal para o homem

Pecado: o maior mal para o homem

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Nenhum mal é mais grave do que o pecado

O pecado é o grande mal do homem. Inicialmente, estávamos unidos a Deus, no seu amor e graça, incorruptíveis, isto é, sem mancha alguma de pecado. Não conhecíamos a dor, o sofrimento, a morte. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, nos alimentava com sua glória. O projeto inicial era esse. Gozávamos as maravilhas de Deus, éramos íntimos do Criador (não apenas íntimo como aqueles amigos que têm uma conversa mais íntima), mas éramos íntimos em tudo que fazíamos: no pensamento, no coração, na alma, em todas as ações. Vivíamos num estado de perfeição; tudo provinha de Deus: seu amor, poder, sua glória e seu esplendor nos alimentavam.

Mesmo sendo advertido pelo Criador para não comer do fruto proibido, ou seja, não incorrer num erro, não errar o alvo, não voltar as costas para o Senhor, não abandonar o projeto que Ele tinha para a humanidade, o primeiro homem por, desobediência, pecou – errou o alvo – contra Deus e contra si mesmo, estabelecendo uma cisão, um rompimento de toda a humanidade com o Criador Absoluto. Saímos do estado de graça e perfeição para entrarmos num estado de penúria, dor e reparação, um “vale de lágrimas”. Em Ezequiel 18,20, diz: “A alma que pecar, morrerá”.

Vivemos numa condição de desequilíbrio corporal, psíquico e espiritual, pois o pecado está em nossas entranhas, latente dentro de nós. Vivemos uma dor, porque perdemos a intimidade plena com Deus, e temos que dia a dia lutar contra nossos desejos e impulsos desordenados, contra nossas más inclinações, contra nossas condutas errôneas que descambam para agressões, depravações, mentiras, intrigas, iras, discórdias, fofocas etc.; lutamos dia e noite contra nossa concupiscência: inclinação ao pecado.

O pecado é a causa de dor, morte e sofrimento da humanidade. Se formos sintetizar a mensagem principal desse artigo diremos: não peque e aceite Jesus Cristo como único Senhor e Salvador!

O Catecismo da Igreja Católica no n.º 1488 declara: “Aos olhos da fé nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. No parágrafo anterior, 1487, diz: “Quem peca fere a honra de Deu e seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser Filho de Deus e a saúde espiritual da Igreja, da qual cada cristão é uma pedra viva”. Quão precisas são essas palavras do Catecismo sobre a gravidade do pecado e sua nefasta consequência para a humanidade. Ao dizer que “nenhum mal é mais grave do que o pecado”, o Catecismo abre nossa mente e nossa alma para tal entendimento e nos deixa mais alerta e conscientes sobre tão grave ação.

Note-se o estado de coisas, que está no mundo: drogas, prostituição, sexo fora de um projeto maior, que é o matrimônio, fome, assassinato, sede de poder, de dinheiro, de status etc.; mas da mesma forma que existe uma dor, um estado de desequilíbrio gerado pelo pecado original, como dissemos, Deus, na Sua infinita misericórdia, nos chama à santidade junto a Ele e derrama sobre nós o seu Santo Espírito, santificando-nos, dando-nos força para caminharmos nas sendas do seu Filho Jesus.

Em Romanos 5,15b se lê: “Pois, se pelo pecado de um só toda a multidão humana foi ferida de morte, muito mais copiosamente se derramou, sobre a mesma multidão, a graça de Deus, concedida na graça, a partir de um só, Jesus Cristo”. Assim, a redenção chegou a toda a humanidade por meio de Jesus Cristo, que, por amor, morreu pelos nossos pecados.

Mas qual é a melhor estratégia para não pecarmos? Gostei do que disse, certa vez, Márcio Mendes, membro da Comunidade Canção Nova: para não pecar, devemos não pecar! É muito simples e objetivo, no entanto evita estresses e nos tira do perigo. Para não pecar, você deve não pecar e viver o Por Hoje Não Vou Pecar (PHN), como nos ensina Dunga, ex-membro da Canção Nova.

Felipe Aquino, colaborador da Comunidade Canção Nova, numa pregação, disse que de nada adianta clamarmos ao Espírito Santo, ajoelharmos, fazermos um escarcéu, se não tomarmos uma postura objetiva de não pecar e de evitar situações que nos levam a pecar; por exemplo, namorar em lugares isolados, assistir ao que possa incitar a libido, expor-se a situações e a conversas que possam nos estimular sexualmente, enfim. Prof. Felipe nos aconselhou a fugir dessas situações, porque a carne é mesmo fraca, e reflete o que nos ensina este ditado: “a situação faz o ladrão”. Felipe Aquino quis nos alertar que pessoas descomprometidas com esse propósito de firmeza são presas fáceis para cair na tentação.

Portanto, irmãos, evitemos tais situações desfavoráveis às virtudes, fortaleçamo-nos na oração, corramos do pecado, e não ofendamos o coração do Pai.

Do seu irmão,
THIAGO ZANETTI