Reading time: 4 minutes
Para sairmos de uma sociedade da morte para uma sociedade da vida, é preciso que nela tenhamos Jesus
Fico estarrecido, triste, decepcionado com o que tenho visto nos noticiários (em especial os televisionados). Notícias de assassinatos, estupros, roubos, extorsões, guerras que nunca param (Oriente Médio), homens-bomba, políticos inescrupulosos e mais um monte de acontecimentos deploráveis e vergonhosos. Fatos que estamos cansados de ver!
Certa vez um caso que me deixou indignado foi à descoberta de que duas cooperativas no país adulteravam o leite, a fim de aumentar o seu volume para que rendesse mais. Segundo denúncias, as cooperativas adicionavam ao leite água oxigenada, soro acima do índice máximo e, até, soda cáustica.
O que leva alguém a adulterar um produto, colocando a vida de centenas de milhares de pessoa em risco? A ganância pelo dinheiro e a ânsia pela riqueza são, sem dúvida, respostas principais.
Quando eu vi a notícia pela televisão, eu, em minha mente, fiz uma pergunta para os dirigentes responsáveis pelas cooperativas: O que os leva a querer ganhar dinheiro à custa de vidas humanas? Esse caso é um, entre tantos, que acompanhamos todos os dias nos noticiários e também fora deles.
A humanidade está se definhando, autodestruindo-se. O que está ditando as regras é o dinheiro, as aparências.
A morte está querendo imperar no nosso meio. Nunca na história da humanidade se matou tanto por causa de quase nada. Uma ofensa, uma batida de transito são motivos suficientes para que alguém saque uma arma e atire no outro.
Esta degradação da espécie humana, esse definhamento, esse descontrole, essa perda dos valores morais e éticos, a matança, o roubo, a corrupção você conhece bem. Vivemos num mundo muito violento, que não sabe o sentido da vida.
Você talvez já tenha sido uma vítima da insensatez, da barbárie e da maldade humana. Talvez você esteja chorando até hoje (mesmo que internamente) por algo que fizeram contra você ou contra um parente seu.
Todos nós, cidadãos de bem, pessoas honestas e de fé, poderíamos acrescentar várias linhas que denunciam essa desvalorização da vida, esse mutilamento da espécie humana causado por ela mesma. Mas, como disse, tenhamos, fé, então, vamos recorrer ao Nosso Senhor Jesus que nos ama e tudo pode mudar.
O mundo está precisando de pessoas valentes, capazes de assumir a Jesus, custe o que custar. Capazes de assumir a Jesus com o preço da própria vida, que vivam como disse Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer lucro” (Fl 1,21).
Precisamos nos revestir de Jesus e ser com Ele uma só alma, assim como desejou o próprio Jesus: “Para que todos sejam um, assim como tu Pai, está em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós” (Jo 117,21).
Revestirmos-nos de Jesus é nos comportamos como Jesus. É, de fato, sermos como Jesus foi. É sermos Jesus para a sociedade. Em nossas atitudes, palavras e gestos precisamos revelar Jesus. Ter o conhecimento de Jesus não basta, o demônio o conhece, mas não o segue, não o anuncia.
Precisamos (hoje, já, agora!, e não num futuro…), anunciar Jesus e agir como os apóstolos agiram. Toda a ação para o Reino de Deus é válida e muitíssimo importante. Por exemplo, este meu blog, acredito, é uma ação importante, pois, por meio dele, Jesus pode alcançar muitas almas.
Mas quero chamar a atenção (e para mim, em primeiro lugar, eu digo isso) para retomarmos o ardor missionário, mesmo que seja dentro dos limites da nossa casa, do nosso bairro, mas que seja um ardor missionário, no sentido de ir ao encontro do outro, com as atitudes e os gestos de Cristo. Essa missionariedade foi uma das conclusões da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, ocorrida em Aparecida, em 2007, que, no documento final declarou: “todos os seus membros estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, para que nossos povos tenham vida nEle” (DOCUMENTO DE APARECIDA, 2008, p. 9).
Jesus foi bem claro quando nos ordenou: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi” (Mt 28,19-20a).
Somente quando as nossas ações forem realmente as ações do próprio Cristo é que veremos mudanças acontecerem em nosso meio. Nós em Cristo e Cristo em nós, assim devemos viver!
Não podemos perder um só segundo de nossas vidas para revelar Jesus àqueles que necessitam dEle!
Jesus é capaz de transformar a nossa sociedade. O seu poder é capaz de tudo realizar!
Jesus nos chama hoje – agora! – a sermos como os apóstolos foram, a agir como os santos e santas agiram, sem medo, com confiança, fé e com coragem.
Experimente ser um missionário no seu meio e você verá que é possível, sim, mudar a nossa realidade para aquilo que Deus almeja dela.
Tenha ânimo, coragem e fé! Cristo conta conosco!
THIAGO ZANETTI
