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Jesus é real para você? Se, sim, o quanto Ele é real na sua vida?
Se cremos que Jesus é real e está no céu junto do Pai, então por que temos uma (incrível) dificuldade de viver nossas vidas conscientes que Jesus está conosco, vive conosco e não nos deixa sós, e que, além de tudo isso, por meio dEle, podemos rogar a Deus para que atenda as nossas necessidades?
Veja o que Jesus nos diz: “A vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste” (Jo 17,2), “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20), “Eu assim, vos constituí, a fim de que tudo quando vós pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda” (Jo 15,16b). Ainda acha pouco?
Absolutamente nada é pouco vindo de Jesus! Mesmo sendo capazes de perceber, sentir e entender – pois a Palavra de Deus nos diz isso a toda hora – que Jesus está e age em nosso meio, ainda não conseguimos aplicar essa grande verdade em nossas vidas.
Realmente, o nosso comportamento diante do Jesus é um “fenômeno”: preguiça, tibieza, apego ao dinheiro, relaxamento espiritual, falta de compromisso com o Senhor, negação do Senhor, “maria-vai-com-as-outras” (as pessoas fazem o que a maioria faz), as pessoas estão dando ouvido demais para o que as outras falam, dão ouvido ao diabo, são inseguras em tomar uma decisão para Jesus etc.
Devido ao pecado original possuímos uma degeneração da alma que não nos deixa projetarmo-nos em Jesus lançarmo-nos nEle, apegarmo-nos, agarrarmo-nos a Ele. Degeneração da alma? Veja: nossa alma entrou desde há muito tempo – desde o pecado original – em processo de destruição. Nossa alma ficou pobre e raquítica.
Sabemos que essa história tem início no Éden, quando o homem disse não a Deus, para se tornar senhor de si mesmo. O homem disse a Deus: não precisamos mais de Ti para continuarmos a viver as nossas vidas, e não necessitamos que Tu nos diga o que devemos fazer.
E assim foi feito. A partir daí, a desgraça e a ruína entraram na terra e na vida da humanidade.
Daí para frente, o homem entrou num processo de declínio de sua própria existência, declínio esse causado pelo próprio homem.
Para que fôssemos reconstituídos, Deus enviou seu Filho Jesus à terra, a fim de nos devolver a vida, a constituição de nós mesmos e a constituição da nossa semelhança com Deus (cf. Gn 1,26), que foram perdidas e dilaceradas pelo pecado original.
E o que aconteceu com toda a humanidade? O Filho do Homem, Jesus Cristo, com toda a autoridade que Lhe foi dada por Deus, lavou os nossos pecados e nos atraiu para Si: “E quando eu for elevado da terra, atrairei todos os homens a mim” (Jo 12,32).
Mas a fragilização da nossa alma sozinha não explica a nossa retração em relação a Jesus. A fragilização da alma e a sua fragmentação dificultam-nos, tornam-se obstáculos que nos atrapalham a aderirmos a Cristo em espírito e em verdade, mas não são a causa da nossa não-adesão a Ele. A razão mais premente da nossa discordância em relação a Jesus e ao Seu projeto de vida é o simples fato de não o querermos.
Podemos trazer inúmeros motivos: as dificuldades da vida, as dores, os sofrimentos, as decepções, os traumas, o apego ao dinheiro, o orgulho, a autossuficiência, a tentação do inimigo, mais os motivos apontados anteriormente, tudo isso nos atrapalha, mas somos capazes de querer, desejar e amar o Filho de Deus, no entanto, estamos dormindo, adiando, não querendo.
Não conseguimos agir e viver como se Jesus estivesse no meio de nós – e Ele esta! –, pois não estamos aceitando o Senhorio de Jesus em nossas vidas.
Aceite Jesus como seu único Senhor!
THIAGO ZANETTI